do teu sotaque do teu cheiro de tudo que eu hei de guardar
da minha rede, do balanço, do aconchego
dos teus sonhos, promessas, teu mar
tô com saudade de você, imensidão
de deitar no teu colo, na tua cor
da estrela no céu, purpurina no chão
da casa amarela, da viola, do amor
coração de mãe, minha cidade
que adotou sem questionar falta de experiência
deixei recado na porta dizendo que não sei se volto
ansiedade
juventude
mal de toda essência
e não sei se me arrependo
desse bem candango que sou
mas de ti não me desprendo
foi teu mar quem me criou
se fizer versos durante toda viagem
como quem faz filhos por amor
perderei - e você sabe - toda coragem
esqueço o posto de escritor
não me sai do pensamento
tampouco coração
ser humano ser maluco, eu
pernambuco.
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Ahá.