8 de setembro de 2011

piegas, pleonasmo, portas e degraus

toda vez que thaís descia as escadas às 07 da manhã pontualmente, parava e subia alguns degraus de novo, lembrando do que tinha esquecido.
às vezes eram as chaves, às vezes era a luz ligada.
aí thaís descia esses degraus de novo e mais alguns, correndo para não perder o ônibus, que, pontualmente passava.

um dia desses, thaís descia as escadas às 07 da manhã, sem se preocupar com o que tinha esquecido - afinal, ela ainda não lembrara - e descia os mesmos degraus que estavam lá há anos sem mudar. e subia de novo.
mas nesse dia, depois que ela terminou de subir, viu felipe saindo de casa.
thaís sempre fora muito pontual e nunca vira felipe. cumprimentaram-se e sorriram por dentro.
thaís lembrou que tinha esquecido os livros.

num dia depois de um dia desses, thaís descia às escadas às 07 da manhã, se preocupando com o horário do ônibus, e antes que pudesse subir todos os degraus de novo, lembrara que o barulho de porta abrindo que ouviu podia ser da porta de felipe. respirou fundo.
os dois cumprimentaram-se.
e thaís lembrou que tinha esquecido a porta aberta.

aí, num outro dia desses, thaís nessa rotina às 07 de descer escadas, logo que acordou sentia falta de algo, mas não lembrava o que era.
e esperou descer alguns degraus da escada para ver se algo acontecia.
ouviu a porta de felipe.
os dois queriam-se.
e thaís esqueceu das escadas.

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Ahá.