29 de junho de 2009

A teoria do tomate.

Yeah! Consegui. Transformei um defeito meu em qualidade. Agora, eu sempre vou ter assunto. De uns tempos pra cá, reparei que as pessoas arranjam assuntos banais, sem finalidade, ou que terminam com um comentário; assim, desperdiçando palavras que poderiam ser usadas em frases muito úteis. Resolvi fazer uma experiência: perguntei pras pessoas que eu conhecia, se elas gostavam de tomate. Algumas responderam que sim, outras que não, algumas eram indiferentes, comiam apenas pela cor ou pelos nutrientes que ali se encontram.
Bom. Então, perguntava se achava que era uma fruta (ou um fruto, como quiser), a maioria respondeu que sim. (Só o Ricardo que respondeu que não - segundo ele, tomate é um fungo. Er... Pode até ser. * como disse no post passado, o homem tenque classificar tudo. então, se algum einstein culinário resolver classificar o tomate em fungo, o tomate vai ser um fungo. ou talvez ele seja uma espécie de fungo, mas que ninguém nunca viu. talvez ele seja como eu; da mesma espécie, mas com características tão diferentes dos demais, que é classificado como... um fungo (?)- eu tô me julgando um fungo? OMFG* Pois bem: se a pessoa responder que sim, é um fruto(a), você questiona: "então, se o tomate é um fruto(a), porque no supermercado o tomate fica do lado das batatas e do alface, e não dos abacates e das mangas?". Acho que as respostas que dão são bem criativas. Algumas mais lógicas. Alguns responderam: "Acho que é porque na salada você come alface tomate e batata, por isso, é um tipo de marketing, rs, e as coisas ficam perto pra facilitar" Mas na minha mente "doidona" (haha, eu adorei esse adjetivo *-*), não fez muito sentido. Por exemplo: você come tomate com batata e alface por opção. tem gente que come tomate com manga e abacate, o que também é um opção. Não, isso não é um problema - porque nao exije solução. Mas é um bom assunto pra se discutir - porque você não vai chegar numa conclusão.
Acho que ser uma pessoa interessante consiste em buscar assuntos que variam. Sair do "novidades? como tá a família?" e passar pro "você gosta de tomate?" e assuntos do tipo.
Tentem, hahah. Ou não. Opção sua.
E ai, curte tomate?

23 de junho de 2009

that make us human

hoje, dia 23 de junho de 2009, senti um dos maiores arrependimentos da minha vida. hoje, em si, nada deu errado. foi como todos os outros dias da minha vida, até uns 7 minutos atrás. tava trocando de água da minha rosa, como costumo fazer todas as noites. por incrível que pareça (ou não), ela tá sobrevivendo à duas semanas, eu acho. e isso é legal. nunca criei nada por conta própria que vivesse tanto tempo. enquanto eu trocava de água, apertei o botão "play" do ipod, pra tocar um pouco de led. que aliás, sempre me anima. e foi de imediato, comecei a cantar dancing days... até que olhei pra janela. não havia se quer uma estrela lá em cima. era só carbono. como todos os outros dias anteriores... anteriores até a minha infância. era diferente, sabe? tinha mais estrelas no céu. até que um dia, não lembro quantos anos eu tinha exatamente, eu viajei à minas gerais. achei o céu todo de carbono tão lindo. tão... limpo. queria roubar o céu de minas, pra mim. voltei pra casa com meu pensamento infestado do desejo de ter um céu "limpo" daquele jeito, um céu sem estrelas, um céu feito para se apreciar. bem... hoje me senti extremamente culpada. como se o céu não ter estrelas fosse culpa minha. precisava contar isso pra alguém, então, saí de casa, sentei na calçada da padaria, e esperei alguém sentar no banco ao lado. quem sentou foi uma mulher. perguntei pra ela: "moça... é errado se sentir culpado por uma coisa que pode ser que não tenha sido você, mas que provavelmente foi você? nisso, eu acreditando na força que o pensamento tem? é errado, moça?" (sim, eu disse com essas exatas palavras)... esperava uma resposta sábia, longa, cheia de filosofia, mas ela respondeu: "não sei. tenho que ir." fiquei num silêncio na minha mente... mesmo com o barulho dos ônibus estacionando na rua contrária, mesmo o barulho dos carrinhos de supermercado, mesmo com o barulho, mesmo com a poluição... tava um vazio grudento, cansativo, enjoativo na minha cabeça. levantei, e achei perguntar pra alguém que sempre responde as minhas perguntas sem nexo: o porteiro. * seu zé é uma pessoa legal. tá sempre de bom humor. e arruma os dados pra gente jogar war. a única vez que eu vi o seu zé de mau humor, foi quando ele brigou com a sua esposa - helena. não sei o motivo, mas eu nunca vi o seu zé daquele jeito. tão... sentimental. logo ele que parece ser uma pessoa tão forte, com uma super inteligência e habilidade... me perguntava por quê ele era porteiro, com aquela filosofia e inteligência toda. mas lembrei que ele é humano. * perguntei ao seu zé, a mesma coisa que eu perguntei à moça. ele respondeu que não sabia dizer ao certo, porque, apesar de acreditar em Deus, ele duvidava Dele às vezes. foi coerente, e fez sentido.
mas ainda não era a resposta que eu queria.
bem... ninguém me deu uma resposta. então, eu criei a minha: "não... não é errado. porque, afinal, você aprende algo com isso". oh, life.
faz tanta falta estrela no céu. ainda mais pra quem já perdeu alguém. culpa dos poetas, dos apaixonados, dos deprimidos... culpa dos humanos.

19 de junho de 2009

lonely guys

hoje prestei realmente atenção em stranger, do the doors. e me identifiquei com a frase lá; "people are strange, when you're stranger". afinal, você vê o mundo com os seus olhos.
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mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo. quero sair por aí com a minha gaita e com o meu violão, cantarolando memórias de um passado que não existiu, gritando aos céus a nostalgia de um futuro que passou. mãe, quero sorrir pra senhora que passar ao meu lado com pressa. mãe, quero desejar bom dia ao empresário ocupado com suas coisas inúteis ao meu ponto de vista. mãe, quero conhecer o mundo de um jeito mais... invisível. conhecer o mundo de um jeito transparente; sem preconceitos, medos... conhecer o jetio de um mundo observador. observando cada detalhe, cada nó do problema, cada acorde, cada som... cada jeito.
mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo. quero sair por aí fazendo bicos, caretas, observando os meninos pedalarem na rua, e as meninas tímidas nos bailes da cidade. mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo de uma cidade pequena. pra que ao mesmo tempo seja transparente, praque ao mesmo tempo todos me conheçam, e para assim, não me temam. mãe, eu quero ser imparcial. desculpa, não querer causar uma revolução. mas... quero ter mais histórias pra contar, do que parar em um livro de história. quero morrer sabendo a glória que é amar, e não morrer amando a glória. mas fica tranquila, mãe. eu sei que quando eu crescer, eu vou morrer amando glória. como você sempre quis. :)
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ê, essa paixonite adolescente de querer mudar o mundo. utopia, contradição. adolescente não tem medo de sexo, de adrenalina, de se acidentar, de repitir de ano. adolescente só tem medo da solidão. e por isso falam palavrão, e escutam música alta; pra cobrir com uma lona o barraco que eles estão. entenda isso, pai.
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é... desabafei.

10 de junho de 2009

conclusões sem certezas definidas involuntariamente

nós somos dois perdidos. eu aqui, você aí. quanto mais perto, mais perdido se fica. quanto mais longe, mais certeza se há. certeza de um passado que não poderia ter acontecido, certeza que um passado nunca mais voltará. e aí, você tem certeza que o futuro não terá, e que do passado deve se orgulhar. pra contar pros netos, com todo orgulho do mundo, que você foi. e que teve certeza do que será. ou não, ninguém sabe se o que você está vendo lá atrás da ilha é uma miragem ou um navio mesmo. mas tenta. gasta suas energias, gritando por uma miragem, ou pra um navio mesmo. e, tenha certeza. tenha certeza que você não tem certeza de nada, contradição. and i must push my barrow all the day. and i must push my barrow all the day. ah, mas antes de questionar sobre miragens, não se esqueça que presente é passado + futuro, hein?

9 de junho de 2009

E algum remédio anti monotonia;

Ah, monotonia dos infernos. Existem pessoas que não tem câncer, existem pessoas que não sentiram frio na barriga, existem pessoas que não são fumantes pacivos. Mas TODAS as pessoas já sentiram o tédio na sua vida. O tédio te faz querer ficar jogado no sofá o dia inteiro, o tédio te faz querer ler os ingredientes do xampu em todas as línguas, o tédio te faz querer postar uma coisa entediante num blog entediante sobre o tédio. Pois é.
Eu descobri o remédio pro tédio! E é GOSTAR do tédio. Isso mesmo. Quando você gosta de alguma coisa, ela passa a ser divertida, e não ficar entediante. Então, aprenda a gostar de ver caracteres em russo, meu amigo, e o teu tédio passará. *Aposto que nenhum filósofo pensou nisso, hein, hein? ;D*
Mas falar é fácil. Cá estou eu, num tédio infernal, num frio infernal (contraditório, hãm?), escrevendo num blog entendiante... Com um post entediante... Com preguiça até de apertar as teclas. Ah, Céus, quem foi que inventou o tédio?
Bem... Mas tenho a agradecer ao tédio por uma coisa. Ao invés e estar roubando, matando, ou jogando Tibia, eu estou aqui, no maior tédio.
Obrigada, tédio! (Sem ironia)















Ou não. D:

6 de junho de 2009

Dreams

Quem diria? O meu ex professor de Matemática tem sonhos. Logo ele, que segundo o próprio, tinha realizado todos os sonhos da sua vida: se formar numa ótima universidade, encontrar a mulher da sua vida, ter um carro, e viajar à Itália. Encontrei com ele ontem, na festa junina, com todos os seus sonhos realizados. Já tinha se formado (na época que ele lecionava, ainda estava se formando), encontrou "a mulher da sua vida" - que a propósito é muito bonita. Já estava pra casar com ela. Tem um Gol preto. Já foi à Itália 2 vezes, tanto que "a mulher da sua vida" é italiana. Mas, quando você pensa que realizou todos os seus sonhos... Pá. Vem um bombardeio interminável de sonhos cada vez mais impossíveis.
É, sonhar é tão necessário quanto respirar. Cada pessoa que eu conheço, tem sonhos, e um dia, e vou perguntar qual é o seu. Eu talvez vá ajudar a realizá-lo, mas é muito provável que não. Eu só quero saber qual é o seu sonho. Não tenho um propósito pra isso, mas... Eu sonho também.
Aliás, como é de costume seu, meu, nosso, descontar tudo nos outros. Uns descontam de uma forma, outros de outra, e assim por diante.
Não pensem que eu fui uma criança deprimida por causa disso, mas meus pais viviam fora e talz, e não tinha tempo pra contar os meus sonhos. E o meu jeito de descontar nos outros e saber os seus sonhos.
O mais estranho de tudo, são os sonhos que você adquire depois de realizar os seus sonhos. Agora, adivinhem o que o meu professor quer fazer? Trabalhar no Zoológico. Isso, trabalhar no zoológico. Ele, uma pessoa tão bem sucedida, querer trabalhar no zoológico? Pois é.
Creio que você não controle seus sonhos; eles vêm no inconsciente, sem fazer barulho, ligam-se com outras lembranças, e surge aquele desejo de fazer aquilo. Por ser uma coisa meio distante e praticamente impossível, você chama aquilo de... Sonho!
Um dos meus sonhos é aprender a tocar direito violão. Tô precisando. XD
Enfim.
Como conclusão, diria pra você sonhar com coisas impossíveis.... Ou não. Sonha com o que você quiser, só não deixa que esse sonho te deixe deprimido... Se não, nem vale a pena sonhar.
Sei la.
Bons sonhos.

3 de junho de 2009

Eu ligo o rádio e

Abaixei a cabeça, virei um pouco o rosto, pra tentar ouvir o que o vento me dizia, enquanto as pessoas me ensurderciam. Foram os 5 segundos mais memoráveis da minha vida. Corri pra casa, peguei um pode de picles vazio, e coloquei todo o ar lá dentro, e fechei. Coloquei o pote na estante do quarto, pra que todo dia, pudesse abrir e tirar um pouco daquele vento. Ou pelo menos fingir isso. Mas não durou muito... Minha mãe pensou que estava vazio. E colocou geléia lá dentro. Tentei explicar que não estava vazio; tinha um momento lá dentro! 5 segundos para minha mãe entender. Ela disse: momentos não cabem em um pote de picles. Momentos cabem sim em um pote de picles! Cabem em caixas de fósforos, ou até mesmo, em uma gota da água. O sentimento que eles trazem é que não cabem num pote de plices. Mas você pode separar os sentimentos dos momentos. Porque... Eu nunca mais senti aquela sensação, da primeira vez que abaixei a cabeça daquela forma, e senti o vento acariciar meu rosto.
Peguei o pote de picles, transferi aquela geléia, e o atirei na parede. Por puro prazer mesmo. Ah, sei lá. Eu jogo pratos na parede às vezes. Minha mãe quer me mandar ao psicólogo por isso, mas... O que tem demais em quebrar pratos? Ah. Acho que pior do que o paciente, só o psicólogo mesmo. Só um louco varrido ia querer cuidar da vida dos outros, pra sustentar a sua. Não gosto de psicólogos. Nada pessoal, só acho... Que eles precisam de psicólogo.