23 de junho de 2009

that make us human

hoje, dia 23 de junho de 2009, senti um dos maiores arrependimentos da minha vida. hoje, em si, nada deu errado. foi como todos os outros dias da minha vida, até uns 7 minutos atrás. tava trocando de água da minha rosa, como costumo fazer todas as noites. por incrível que pareça (ou não), ela tá sobrevivendo à duas semanas, eu acho. e isso é legal. nunca criei nada por conta própria que vivesse tanto tempo. enquanto eu trocava de água, apertei o botão "play" do ipod, pra tocar um pouco de led. que aliás, sempre me anima. e foi de imediato, comecei a cantar dancing days... até que olhei pra janela. não havia se quer uma estrela lá em cima. era só carbono. como todos os outros dias anteriores... anteriores até a minha infância. era diferente, sabe? tinha mais estrelas no céu. até que um dia, não lembro quantos anos eu tinha exatamente, eu viajei à minas gerais. achei o céu todo de carbono tão lindo. tão... limpo. queria roubar o céu de minas, pra mim. voltei pra casa com meu pensamento infestado do desejo de ter um céu "limpo" daquele jeito, um céu sem estrelas, um céu feito para se apreciar. bem... hoje me senti extremamente culpada. como se o céu não ter estrelas fosse culpa minha. precisava contar isso pra alguém, então, saí de casa, sentei na calçada da padaria, e esperei alguém sentar no banco ao lado. quem sentou foi uma mulher. perguntei pra ela: "moça... é errado se sentir culpado por uma coisa que pode ser que não tenha sido você, mas que provavelmente foi você? nisso, eu acreditando na força que o pensamento tem? é errado, moça?" (sim, eu disse com essas exatas palavras)... esperava uma resposta sábia, longa, cheia de filosofia, mas ela respondeu: "não sei. tenho que ir." fiquei num silêncio na minha mente... mesmo com o barulho dos ônibus estacionando na rua contrária, mesmo o barulho dos carrinhos de supermercado, mesmo com o barulho, mesmo com a poluição... tava um vazio grudento, cansativo, enjoativo na minha cabeça. levantei, e achei perguntar pra alguém que sempre responde as minhas perguntas sem nexo: o porteiro. * seu zé é uma pessoa legal. tá sempre de bom humor. e arruma os dados pra gente jogar war. a única vez que eu vi o seu zé de mau humor, foi quando ele brigou com a sua esposa - helena. não sei o motivo, mas eu nunca vi o seu zé daquele jeito. tão... sentimental. logo ele que parece ser uma pessoa tão forte, com uma super inteligência e habilidade... me perguntava por quê ele era porteiro, com aquela filosofia e inteligência toda. mas lembrei que ele é humano. * perguntei ao seu zé, a mesma coisa que eu perguntei à moça. ele respondeu que não sabia dizer ao certo, porque, apesar de acreditar em Deus, ele duvidava Dele às vezes. foi coerente, e fez sentido.
mas ainda não era a resposta que eu queria.
bem... ninguém me deu uma resposta. então, eu criei a minha: "não... não é errado. porque, afinal, você aprende algo com isso". oh, life.
faz tanta falta estrela no céu. ainda mais pra quem já perdeu alguém. culpa dos poetas, dos apaixonados, dos deprimidos... culpa dos humanos.

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Ahá.