Toda vez que eu deito, espero.
Penso, e ela vem. Sempre. Pontualmente.
Tento fazer ela passar de olhos fechados, mas lembro de erros.
E, finalmente, ela consegue arrancar de mim um desabafo incansável de pensamentos.
Tapo o rosto com o travesseiro, como se ela estivesse me encarando... Mas não está.
Ela nem fala comigo.
O escuro, escuridão e as paredes que me cercam assistem tudo.
Esperam eu sentir vergonha para poder dormir.
Esperam eu pensar em mudar tudo para poder dormir.
Esperam eu projetar sonhos para poder sonhar.
Pro Pedro.
Um comentário:
Esperam que eu sonhe, mas eu não sonho.
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Ahá.