13 de setembro de 2009

Dorgas riaira


Ah, Deus, como eu amo o caótico. Como eu amo!
Não, o tédio não é caótico, Thiago. O tédio só fica caótico quando "ele" começa a corroer você. "Ele" não existe. É só a sua mente brincando com você. Depois você não quer levar tudo na brincadeira... tsc. O tédio pode ter o nome que você quiser, pode virar seu passatempo. Sei que já escrevi outro post sobre o tédio, mas o tédio é divertido de escrever! Na insônia, tente escrever sobre tédio... Ou sobre nostalgia.
Nostalgia não é algo bacana de se escrever ou de se sentir. Nostalgia é uma droga. E como todas as outras, vicia. Acho que gosto do meu avô materno, porque ele enfrenta a nostalgia dele com a nostalgia de outras pessoas. Ele foi da marinha. Lutou por "você", e você o desmerece com esse tédio? tsc. Ele tem nostalgia desse tempo. Por isso gosta tanto de filmes de homens morrendo no mar por suas famílias, e de náufragos de navios e barcos pequenos. Ele é um ótimo exemplo de um herói covarde.
Nunca parei pra reler o Pré Psicopata, que já foi Psicopata, mas que o tédio e a filsofia o convenceram de ser Pré, porque os psicólogos ainda não disseram que eu era psicopata por conversar com estranhos e fazer eles se apaixonarem pelas minhas idéias.
Me encontro no caótico. O vizinho acabou de ligar The Eye Of The Tiger no último, eu amei isso. É caótico o seu vizinho ouvindo The Eye Of The Tiger. Contraria tudo aquilo que você chama de vizinho, esse sim tem bom gosto. Deve ser mais um herói covarde que liga a música no último pra se sentir maior do que todos os prédios que existem em Brasília. Pra se sentir um Rocky Balboa, talvez.
Ou talvez seja só o tédio.
Esse post talvez (também) seja um resumo de todo o blog, mas não quero acabar com o blog agora. É que eu não tenho Clubes da Luta, dinheiro pra ir ao metrô, pessoas sóbrias para conversar, ou para quem pedir conselhos.
Revelei meu "Tyler" agora. Acho que até o tédio tá com medo de me sufocar.
Já conheci o tédio, foi meu parceiro, passava o dia todo comigo.
Me encontro no caótico quase vi um assassinato de uma cigarra enorme dentro do meu próprio quarto. E isso é um absurdo.
Você está tão acomodado com o absurdo, com o caótico, e o caótico pra você vira algo que não acontece muito - como deputados sendo assassinados por alguém em sua própria casa - o que na minha mente acontece bastante.
Droga.
O tédio, a imaginação, o caótico, o absurdo, a luta, o dinheiro, a birita, o metrô... Tudo isso são drogas de auto-destruição.
O gás oxigênio também.


(Pro Lucca, pro Paul, pro Paulo, pro Rogério, pra Gi, e pra toodos eles.)

Um comentário:

Noah Wahr disse...

Gostei muito desse ! =D

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Ahá.