29 de setembro de 2009

if you are dead or still alive... i dont care.

Mais um ano. Que você deveria estar completando, mas não está, sabe-se lá porquê. Aliás, eu sei. Mas eu não gosto de lembrar, meus amigos me fizeram não me culpar disto.
Mas agora você virou a culpa do que acontece no meu dia-a-dia. O que antes eu era pra culpar a mim, agora eu culpo a você.
Você, subtamente, virou eu. Uma espécie de "Tyler", de "consciência", de... Não sei. Acho que fazem uns 4 anos, já. Passa rápido. Demais. Não lembro quanto tempo faz, mas também não quero lembrar (até que enfim a minha falta de memória serviu pra algo de útil). Eu cresci, amadureci, eu acho. Mas regredi em outras coisas, com certeza. Antes eu não tremia em público, falava menos, não tinha medo de quase nada. Agora, eu tenho medo até do que eu não sei se existe, falo pracar*lho em assuntos que interessam, e tremo, temo, tremo, temo.Passei a ouvir mais Led Zeppelin, foi o meu consolo.
Na verdade, fui eu que te deixei, eu entendo. Injustiça contigo, e até comigo mesmo, pois não sabia o que iria acontecer. Mas cá entre nós, acho que foi melhor assim.
Lembro de quando eu decidi que tinha que me desapegar de você. Acho que foi a maior loucura, e talvez a maior "independencia" mal sucedida da minha vida. Fiz do jeito errado: queria desapegar de uma vez, então me "preparei" psicológicamente pra isso, e não deu certo. Hunf. Me senti tão independente no primeiro dia. Mal sabia eu que pro resto da minha vida eu ia pensar em você.
Te declarei como morto. Enterrado. Insensível? Não tão assim, se você for ver nas entranhas.
Mas como nem tudo são flores, mas não se pode chorar por cima do leite derramado; tenho a agradecer algumas coisas, sim.
Graças à você, que eu me tornei a pessoa que eu sou. Algumas pessoas não gostam, outras adoram, mas eu gosto de mim. Mesmo tremendo em público. Posso dizer sinceramente que foi você quem me levou a pensar antes de falar, a conhecer mais do que eu tenho conhecimento, ou até a não ter esse conhecimento todo.
Sei lá, graças à você, eu consegui, finalmente, entender o que os poetas queriam dizer. Não vou dizer que sei o significado da palavra "amor", nunca soube. Mas eu sei o que é sentir um frio na barriga, não dormir por causa de uma pessoa, fazer tudo melhor e ver todas as cores mais vivas, por causa de uma pessoa, que eu, descaradamente, coloquei o adjetivo de inútil.

E, obrigada pra cacete mesmo, por me fazer perceber que os poetas, os psicopatas, os filósofos e os mais velhos não dizem nada que eu não possa dizer.

Eu te amo.

E esse post não é só pra você.
E você sabe disso. 

Um comentário:

Meire disse...

Era meu aniversário.

Postar um comentário

Ahá.