Mais um ano. Que você deveria estar completando, mas não está, sabe-se lá porquê. Aliás, eu sei. Mas eu não gosto de lembrar, meus amigos me fizeram não me culpar disto.
Mas agora você virou a culpa do que acontece no meu dia-a-dia. O que antes eu era pra culpar a mim, agora eu culpo a você.
Você, subtamente, virou eu. Uma espécie de "Tyler", de "consciência", de... Não sei. Acho que fazem uns 4 anos, já. Passa rápido. Demais. Não lembro quanto tempo faz, mas também não quero lembrar (até que enfim a minha falta de memória serviu pra algo de útil). Eu cresci, amadureci, eu acho. Mas regredi em outras coisas, com certeza. Antes eu não tremia em público, falava menos, não tinha medo de quase nada. Agora, eu tenho medo até do que eu não sei se existe, falo pracar*lho em assuntos que interessam, e tremo, temo, tremo, temo.Passei a ouvir mais Led Zeppelin, foi o meu consolo.
Na verdade, fui eu que te deixei, eu entendo. Injustiça contigo, e até comigo mesmo, pois não sabia o que iria acontecer. Mas cá entre nós, acho que foi melhor assim.
Lembro de quando eu decidi que tinha que me desapegar de você. Acho que foi a maior loucura, e talvez a maior "independencia" mal sucedida da minha vida. Fiz do jeito errado: queria desapegar de uma vez, então me "preparei" psicológicamente pra isso, e não deu certo. Hunf. Me senti tão independente no primeiro dia. Mal sabia eu que pro resto da minha vida eu ia pensar em você.
Te declarei como morto. Enterrado. Insensível? Não tão assim, se você for ver nas entranhas.
Mas como nem tudo são flores, mas não se pode chorar por cima do leite derramado; tenho a agradecer algumas coisas, sim.
Graças à você, que eu me tornei a pessoa que eu sou. Algumas pessoas não gostam, outras adoram, mas eu gosto de mim. Mesmo tremendo em público. Posso dizer sinceramente que foi você quem me levou a pensar antes de falar, a conhecer mais do que eu tenho conhecimento, ou até a não ter esse conhecimento todo.
Sei lá, graças à você, eu consegui, finalmente, entender o que os poetas queriam dizer. Não vou dizer que sei o significado da palavra "amor", nunca soube. Mas eu sei o que é sentir um frio na barriga, não dormir por causa de uma pessoa, fazer tudo melhor e ver todas as cores mais vivas, por causa de uma pessoa, que eu, descaradamente, coloquei o adjetivo de inútil.
E, obrigada pra cacete mesmo, por me fazer perceber que os poetas, os psicopatas, os filósofos e os mais velhos não dizem nada que eu não possa dizer.
Eu te amo.
E esse post não é só pra você.
E você sabe disso.
29 de setembro de 2009
13 de setembro de 2009
Dorgas riaira
Ah, Deus, como eu amo o caótico. Como eu amo!
Não, o tédio não é caótico, Thiago. O tédio só fica caótico quando "ele" começa a corroer você. "Ele" não existe. É só a sua mente brincando com você. Depois você não quer levar tudo na brincadeira... tsc. O tédio pode ter o nome que você quiser, pode virar seu passatempo. Sei que já escrevi outro post sobre o tédio, mas o tédio é divertido de escrever! Na insônia, tente escrever sobre tédio... Ou sobre nostalgia.
Nostalgia não é algo bacana de se escrever ou de se sentir. Nostalgia é uma droga. E como todas as outras, vicia. Acho que gosto do meu avô materno, porque ele enfrenta a nostalgia dele com a nostalgia de outras pessoas. Ele foi da marinha. Lutou por "você", e você o desmerece com esse tédio? tsc. Ele tem nostalgia desse tempo. Por isso gosta tanto de filmes de homens morrendo no mar por suas famílias, e de náufragos de navios e barcos pequenos. Ele é um ótimo exemplo de um herói covarde.
Nunca parei pra reler o Pré Psicopata, que já foi Psicopata, mas que o tédio e a filsofia o convenceram de ser Pré, porque os psicólogos ainda não disseram que eu era psicopata por conversar com estranhos e fazer eles se apaixonarem pelas minhas idéias.
Me encontro no caótico. O vizinho acabou de ligar The Eye Of The Tiger no último, eu amei isso. É caótico o seu vizinho ouvindo The Eye Of The Tiger. Contraria tudo aquilo que você chama de vizinho, esse sim tem bom gosto. Deve ser mais um herói covarde que liga a música no último pra se sentir maior do que todos os prédios que existem em Brasília. Pra se sentir um Rocky Balboa, talvez.
Ou talvez seja só o tédio.
Esse post talvez (também) seja um resumo de todo o blog, mas não quero acabar com o blog agora. É que eu não tenho Clubes da Luta, dinheiro pra ir ao metrô, pessoas sóbrias para conversar, ou para quem pedir conselhos.
Revelei meu "Tyler" agora. Acho que até o tédio tá com medo de me sufocar.
Já conheci o tédio, foi meu parceiro, passava o dia todo comigo.
Me encontro no caótico quase vi um assassinato de uma cigarra enorme dentro do meu próprio quarto. E isso é um absurdo.
Você está tão acomodado com o absurdo, com o caótico, e o caótico pra você vira algo que não acontece muito - como deputados sendo assassinados por alguém em sua própria casa - o que na minha mente acontece bastante.
Droga.
O tédio, a imaginação, o caótico, o absurdo, a luta, o dinheiro, a birita, o metrô... Tudo isso são drogas de auto-destruição.
O gás oxigênio também.
(Pro Lucca, pro Paul, pro Paulo, pro Rogério, pra Gi, e pra toodos eles.)
11 de setembro de 2009
I think
São 21h:45 da noite, e eu estou começando a escrever alguma coisa que eu não sei como vai terminar. E você, seja lá que diabos de horário estiver aí, vai ler isso aqui que começou com uma indecisão. E você não sabe se vai continuar lendo isso aqui. Não sabe.
Essa é a minha crise de hoje. Eu, finalmente, descobri que não sei porra nenhuma. Não posso dizer que sei tocar violão, porque esqueço de alguns acordes. Não posso dizer que gosto dele, porque um dia ele vai se perder na minha memória. Não posso dizer nem que sei amar. Não sei se quando a gente ama, a gente sente um frio na barriga, ou se isso é só paixão. "Eu só sei que nada sei". Frase perfeita. Ignorante é aquela frase "Penso logo, existo" de Reneé não sei das quantas lá. Que coisa retardada. Acho que nem naquele tempo eu teria um pensamento desses. Acho. Não sei.
Por isso que existe injustiça, tudo vira "acho" no tribunal.
Os seus sonhos também vêm de "acho", e não de ter certeza. Depois eles têm certeza.
"Nunca desista de seus sonhos", é o que você escuta desde que você nasceu, eu acho. Mas desistir é a coisa mais fácil do mundo. Aí vem com aquela ladainha:
- E se Gandhi tivesse desistido?
- E se Jesus tivesse desistido?
- E se sua mãe tivesse desistido?
Não existiria essa coisa banal chamada humanidade. Decadência. Depressivos, incontroláveis, ignorantes, apaixonantes, arrogantes, mas acima de tudo, humanos. Não tô falando pra você desistir de seus sonhos (acho que já falei isso em outro post), mas pra ter cuidado nos limites. Se superar é achar um novo recorde.
E pra alguns, esse novo recorde e pular de um nível mais alto de um penhasco.
Eu acho.
8 de setembro de 2009
no title
Tenho vontades de riscar a mesa; mas seria perda de tempo, de grafite, de papel e produto de limpeza.
Tenho vontades de comprar rosas; mas seria perda de tempo, de dinheiro, de água e de espaço.
Tenho vontades de sair correndo vários quarteirões; mas seria perda de tempo, de energia, desgastaria meus tênis, e gastaria meu suor.
Tenho vontades de gritar "eu te amo"; mas seria perda de tempo, de voz, de palavras.
Perca seu tempo.
Tenho vontades de comprar rosas; mas seria perda de tempo, de dinheiro, de água e de espaço.
Tenho vontades de sair correndo vários quarteirões; mas seria perda de tempo, de energia, desgastaria meus tênis, e gastaria meu suor.
Tenho vontades de gritar "eu te amo"; mas seria perda de tempo, de voz, de palavras.
Perca seu tempo.
7 de setembro de 2009
SAY, SAY, SAY!
Mais importante do que ser frio e calculista (saber se frio e calculista resolve várias coisas) é saber medir palavras. Medindo palavras você consegue não exagerar, e exagerar quando for preciso. Aliás, palavras fazem coisas que você não consegue fazer. Conhecer uma vasta parte do dicionário pode ajudar você a escrever uma carta de amor confusa e indireta, ou saber usar as palavras perfeitas para se declarar. Sim, estou dizendo que pessoas que não sabem um vasto número de palavras são ignorantes. A culpa pode não ser delas, mas elas são ignorantes. Mas há coisas que palavras não conseguem expressar como outras coisas expressam. Por exemplo: acho que uma dança representa melhor a morte. Acho que uma onomatopéia representa melhor um susto. Acho que um grito representa melhor uma dor. Acho que um brilho no olhar representa melhor uma paixão.
Palavras são arte. E o problema do mundo é falta de comunicação. Por exemplo: se os EUA tivessem avisado que iam atacar o Iraque, os iraquianos no mínimo iam fugir. Ou tentar fugir. (?) no sense.
Discorda?
Alguém também, sem ser criança, já reparou que as letras tem formas, e consequentemente se parecem com alguma expressão? O D, pra mim, parece algo como uma pessoa gorda, impondo respeito, ou coisa do tipo. O P, é daqueles bombadões. O C, queria ser um O, mas quis ser mais original, talvez. O Q, o O que quis sair andando.
Mas tudo isso depende de quais palavras você costuma usar essas letras. Ou de quais palavras você usou essas letras. Isso talvez seja psicológico. Ou psicopata.
- Só pra não deixar o blog abandonando. +1, no sense ;D
Palavras são arte. E o problema do mundo é falta de comunicação. Por exemplo: se os EUA tivessem avisado que iam atacar o Iraque, os iraquianos no mínimo iam fugir. Ou tentar fugir. (?) no sense.
Discorda?
Alguém também, sem ser criança, já reparou que as letras tem formas, e consequentemente se parecem com alguma expressão? O D, pra mim, parece algo como uma pessoa gorda, impondo respeito, ou coisa do tipo. O P, é daqueles bombadões. O C, queria ser um O, mas quis ser mais original, talvez. O Q, o O que quis sair andando.
Mas tudo isso depende de quais palavras você costuma usar essas letras. Ou de quais palavras você usou essas letras. Isso talvez seja psicológico. Ou psicopata.
- Só pra não deixar o blog abandonando. +1, no sense ;D