Ando com muita vontade de escrever. Mas me falta o quê.
Às vezes, passeando pela rua ou durante uma aula chata, me vêm o início de algum bom texto: sobre medo de altura, sobre mais uma das minhas peripécias onibusísticas, sobre Paulinho da Viola. Gravo a frase que me veio à cabeça e decido continuá-la quando chegar em casa ou tiver um pouco de paz.
Minha inspiração é sacana: só surge quando não posso utilizá-la. Tenho tantas boas palavras guardadas dentro de mim, e elas só resolvem combinar no momento de uma prova chata sobre Aristóteles.
Além do quê, tudo o que quero escrever, alguém já escreveu. Não escreveria uma novidade, não faria o leitor prestar atenção. Não me faria prestar atenção. Gosto de coisas inéditas; e nem sempre minha opinião é uma delas. Aliás, só de pensar que alguém provavelmente já escreveu uma reclamação, digo, notinha semelhante a esta, me dá um desgosto no estômago. Blérgh.
Quero dissertar sobre a elegância de Paulinho da Viola quando preciso dissertar sobre as proporções da Arte Grega. E agora, que tenho tempo para falar o que quiser, simplesmente quero fazer nada.
Tenham todos uma boa qualquer coisa.
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Ahá.