1 de março de 2013

Observação que me surgiu enquanto almoçava hoje

O problema de matar alguém não é o processo judicial, seu rosto no noticiário da televisão ou as pessoas olhando estranho pra você na rua. O problema de matar alguém não é nem ter que arquitetar um plano dificultoso para que você não seja pego: isso é fácil hoje em dia. Tampouco inventar um atestado médico que diga que você tem problemas mentais. Talvez seja até melhor ser sincero e dizer que a vítima, sem mais nem menos, é filha da puta. Porque nem todo mundo hoje em dia é filha da puta, mas ainda assim, tem muita gente merecendo ser empurrada da escada como nós aprendemos desde crianças, nas novelas mexicanas.
O problema de matar alguém não é sua mãe se lamentando de como criou você errado. Nem mesmo a consciência pesada nas primeiras semanas depois do assassinato: tratamento psicológico existe e tem funcionado com muita gente, sabe? Não é problema nem querer matar mais gente depois do primeiro assassinato: tem filha da puta à bessa! E cada morte pode ser de um jeito diferente. Cada um mais criativo que o outro, quem sabe. É só esperar a inspiração vir.
Pra quê se preocupar com as consequências de um assassinato quando o que te afinge já morreu? 
O problema de matar alguém é que todo filho da puta é, primeiramente, filho.







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Ahá.