Cuando yo te conocí, usted andaba con las pupilas dilatadas.
Lamentó, porque lo que usted andaba sintiendo no podía ser pasado por el beso.
Yo sonreí con los ojos.
Me besó de nuevo.
Entonces, mis pupilas dilataram.
27 de setembro de 2012
25 de setembro de 2012
23 de setembro de 2012
20 de setembro de 2012
12 de setembro de 2012
turbulência
brasília
sangue escorre ao lado do septo
sorria
deserto
brás
ilha
muito calor
pra pouco sexo
sangue escorre ao lado do septo
sorria
deserto
brás
ilha
muito calor
pra pouco sexo
8 de setembro de 2012
Orelha de burro, cabeça de etê
As pessoas não são mais as mesmas e então não são mais minhas como já foram. É errado usar pronomes possessivos quando falamos de outras pessoas, mas se usarmos só conosco é errado também.
Aprender do jeito mais doído às vezes é o mais correto; saber estancar o sangue é uma das lições mais valiosas que as outras pessoas podem aprender.
E eu também.
Mas do jeito que a vida me leva e fez; minha teimosia vai me fazer sangrar outra vez.
Porque se errar é humano, cometer duas vezes o mesmo erro não é burrice.
É humanidade à flor da pele.
Aprender do jeito mais doído às vezes é o mais correto; saber estancar o sangue é uma das lições mais valiosas que as outras pessoas podem aprender.
E eu também.
Mas do jeito que a vida me leva e fez; minha teimosia vai me fazer sangrar outra vez.
Porque se errar é humano, cometer duas vezes o mesmo erro não é burrice.
É humanidade à flor da pele.
5 de setembro de 2012
Um beijo pro padeiro
E lá fui eu comprar pão: de garganta inflamada, moletom de dias, nariz entupido e falta de dignidade. Porque agora é assim; se eu quero pão eu quem vou comprar.
Se eu consigo andar, não preciso de favores para fazê-lo.
Se só pelo meu mau humor ganho um favor, fico acomodada. E nesse caso seria um favor, não uma gentileza. Porque quem o faria seria meu vizinho. E depois ele falaria, rindo "cê me deve essa, hein, gatinha?" e eu estaria devendo.
Não gosto de dever.
Brasília anda extremamente seca e quente esses dias, e friorenta à noite. Quase um deserto com deputados e ipês.
Lá tava eu, no meio dessas contradições e debaixo de um céu azul que só fazia doer mais a cuca, de manhã cedinho, indo comprar pão, porque eu quis.
Na fila, espirrei. Era a próxima.
- Saúde! - a mulher atrás de mim desejou.
- AMÉM!!!!!!! - assim respondi, com muitas exclamações e caixa alta. Pra que algum santo me ouça e me tire dessa. Não é possível que assim esteja, doente, durante todos esses dias.
Quem tem que pagar o pão sou eu.
Não posso ficar doente.
Chegou minha vez.
- Três pã... ATCHIM!... Por favor.
- Saúde, guria. - o padeiro desejou
- Obrigada.
- Três?
- Três.
Enquanto ele colocava os pães no saco de papel pardo, xingava baixinho
- Mas puxa vida! Tô assim há dias! Não consigo nem pedir pão. Estou com dor a dias! Meu, que azar. Que azar! Logo na semana que eu ia tocar. Que azar!
Rindo, o padeiro me entregou o saco e disse:
- Hehehe... Se avexe não!
Se avexe não.
Permaneci calada, sem reclamar um "ai", o resto do dia.
Se eu consigo andar, não preciso de favores para fazê-lo.
Se só pelo meu mau humor ganho um favor, fico acomodada. E nesse caso seria um favor, não uma gentileza. Porque quem o faria seria meu vizinho. E depois ele falaria, rindo "cê me deve essa, hein, gatinha?" e eu estaria devendo.
Não gosto de dever.
Brasília anda extremamente seca e quente esses dias, e friorenta à noite. Quase um deserto com deputados e ipês.
Lá tava eu, no meio dessas contradições e debaixo de um céu azul que só fazia doer mais a cuca, de manhã cedinho, indo comprar pão, porque eu quis.
Na fila, espirrei. Era a próxima.
- Saúde! - a mulher atrás de mim desejou.
- AMÉM!!!!!!! - assim respondi, com muitas exclamações e caixa alta. Pra que algum santo me ouça e me tire dessa. Não é possível que assim esteja, doente, durante todos esses dias.
Quem tem que pagar o pão sou eu.
Não posso ficar doente.
Chegou minha vez.
- Três pã... ATCHIM!... Por favor.
- Saúde, guria. - o padeiro desejou
- Obrigada.
- Três?
- Três.
Enquanto ele colocava os pães no saco de papel pardo, xingava baixinho
- Mas puxa vida! Tô assim há dias! Não consigo nem pedir pão. Estou com dor a dias! Meu, que azar. Que azar! Logo na semana que eu ia tocar. Que azar!
Rindo, o padeiro me entregou o saco e disse:
- Hehehe... Se avexe não!
Se avexe não.
Permaneci calada, sem reclamar um "ai", o resto do dia.
(playlist avexada. dessas que você pode passar todas as músicas)