24 de junho de 2011

O cansaço vem das coisas perfeitas que eu vejo




Eu parei aí.
Quer dizer, eu parei aqui.
Na verdade, eu parei lá.
Naquele pedaço da calçada que eu sempre passo quando saio da sua casa. Parei e respirei fundo.
Pensei em voltar, confesso. Mas não vi motivo.
Foi bom - sempre é bom estar contigo - mas já não há mais porquê.
E continuei andando.
Fui para o ponto de ônibus. Nesses dias frios a gente imagina o quão bom é ter carro; e voo mais longe ainda: quem tem carro não deve imaginar isso. Eis o limite: você imagina que eu já não me distraio mais pensando em você?
Não se sinta fútil, desnecessário.
Eu faço isso frequentemente: troco pessoas por tons e virce-versa. Se eu fosse você, não juntaria mágoas.

Mas pensando bem, eu nem sei se você é desse tipo... Desses, que ficam parando em calçadas.




eu continuei desenhando
e imaginando se um dia
eu deixo de ser assim, tão eu

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ahá.