Eu parei aí.
Quer dizer, eu parei aqui.
Na verdade, eu parei lá.
Naquele pedaço da calçada que eu sempre passo quando saio da sua casa. Parei e respirei fundo.
Pensei em voltar, confesso. Mas não vi motivo.
Foi bom - sempre é bom estar contigo - mas já não há mais porquê.
E continuei andando.
Fui para o ponto de ônibus. Nesses dias frios a gente imagina o quão bom é ter carro; e voo mais longe ainda: quem tem carro não deve imaginar isso. Eis o limite: você imagina que eu já não me distraio mais pensando em você?
Não se sinta fútil, desnecessário.
Eu faço isso frequentemente: troco pessoas por tons e virce-versa. Se eu fosse você, não juntaria mágoas.
Mas pensando bem, eu nem sei se você é desse tipo... Desses, que ficam parando em calçadas.
eu continuei desenhando
e imaginando se um dia
eu deixo de ser assim, tão eu
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Ahá.