9 de junho de 2011

delicadeza é algo bruto

Sou dessas pessoas que odeia dentista.
Mas a maioria só odeia.
Eu fico nervosa.

Toda vez que entro naquela sala branca e fria, meu coração dispara.
E toda vez que deito naquela cadeira ígrime, este mesmo coração, sobe até a boca.
Todo movimento que é feito me deixa mais nervosa ainda. E tudo passa a doer, doer mais do que deveria.
Mas dor é dor. Seja lá o tamanho que for.


Aí ele pergunta "tudo bem?" e eu tenho quinhentas respostas diferentes para "não, você me irrita". Mas a melhor delas é uma lágrima cair do olho esquerdo; a que eu quase sempre uso.
E vem o que você não merece ouvir "mas você luta judô".




Um apelo:
Eu posso lutar judô, capoeira, falar palavrão, quase nunca estar de mal humor, jogar futebol, tocar trompete, não ter letra bonita, rir alto, e pouco saber cozinhar.
Mas sou menina.
Gosto que abram a porta para mim, me encho de amor platônico, não gosto de lavar louça quando estou de unhas feitas, e adoro margaridas.
Seguro lágrimas como ninguém, e você não sabe o quão forte é isso.

Aliás, duvido que você saiba o que dói mais: tirar o ciso ou não borrar a maquiagem na cadeira do dentista.

3 comentários:

Luan Oliveira disse...

Discordo da parte do quase nunca estar de mau-humor. Que fique pro registro.

Ana Julia disse...

O que você não me pede sorrindo que eu não faço reclamando?

Maria Clara Pereira disse...

Morri de rir com o apelo KKKKKK só você mesmo.

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Ahá.