6 de abril de 2011

Pra quem eu reencontrei no ônibus certo

Sou assim, feita de épocas.
Épocas de choro, épocas de texto, épocas de amor, e hajam épocas. Quase sempre, essas, misturadas.

Sou assim, feita de lembranças.
Porque minha memória é péssima. Então eu não memorizo seu rosto, eu não memorizo seu nome. Eu lembro.
Se eu lembrar.

Mas ah, eu queria saber - para lembrar - seu nome.








Numa dessas épocas de amor, ano passado (ou no começo dele), eu não prestei a devida atenção para onde o ônibus ia e errei o caminho.
Sou dessas que erra duas vezes, e erra de cabeça erguida.
Erra duas vezes, mas por motivos diferentes.
E da primeira vez foi por desatenção.

E até eu descobrir que era o ônibus errado, eu já tinha descobrido você.
E foi assim, platônico, sabe? Bom, provavelmente você sabe.
E se você sabe, que sorte, ah, que sorte a sua. Nossa, digo.



Da segunda vez já não foi desatenção.
Foi vontade mesmo.

Um comentário:

Tati ! disse...

Agora dê um passo adiante.

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Ahá.