Sou assim, feita de épocas.
Épocas de choro, épocas de texto, épocas de amor, e hajam épocas. Quase sempre, essas, misturadas.
Sou assim, feita de lembranças.
Porque minha memória é péssima. Então eu não memorizo seu rosto, eu não memorizo seu nome. Eu lembro.
Se eu lembrar.
Mas ah, eu queria saber - para lembrar - seu nome.
Numa dessas épocas de amor, ano passado (ou no começo dele), eu não prestei a devida atenção para onde o ônibus ia e errei o caminho.
Sou dessas que erra duas vezes, e erra de cabeça erguida.
Erra duas vezes, mas por motivos diferentes.
E da primeira vez foi por desatenção.
E até eu descobrir que era o ônibus errado, eu já tinha descobrido você.
E foi assim, platônico, sabe? Bom, provavelmente você sabe.
E se você sabe, que sorte, ah, que sorte a sua. Nossa, digo.
Da segunda vez já não foi desatenção.
Foi vontade mesmo.
Um comentário:
Agora dê um passo adiante.
Postar um comentário
Ahá.