Cessa, menina.
Não há porquê chorar por um amor que passou.
Para ser sincera, não há porquê na maioria das saudades.
16 de janeiro de 2011
13 de janeiro de 2011
Vou de jangada visitar o teu amor
- Vou visitá-lo. Quer que eu mande lembranças?
- Diga a ele (que eu sinto sua falta, e que eu o quero em meus braços novamente. Que ele foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos meses, e que tenho feito poesia usando seu nome. Que me desejo-lhe todo bem que um ser humano pode possuir, e que peço desculpas por não me declarar antes, por não telefonar antes, e por não ir visitá-lo antes. Mas diga a ele, antes de tudo, que eu sinto sua falta) que eu mandei um beijo.
- Diga a ele (que eu sinto sua falta, e que eu o quero em meus braços novamente. Que ele foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos meses, e que tenho feito poesia usando seu nome. Que me desejo-lhe todo bem que um ser humano pode possuir, e que peço desculpas por não me declarar antes, por não telefonar antes, e por não ir visitá-lo antes. Mas diga a ele, antes de tudo, que eu sinto sua falta) que eu mandei um beijo.
11 de janeiro de 2011
4 de janeiro de 2011
3 de janeiro de 2011
Serro, Minas Gerais, há alguns anos atrás
Pois-se Zé no balcão do boteco, esperando a pinga, quando convidaram-no para mais um jogo de dominó.
A morena bonita que desfilava na calçada passou, e foi quando Zé se desconcentrou que a pinga pingou em cima das peças, fazendo o coral de jogadores boêmios fazer algum grunhido emborrecido. Tiveram que enxugá-las, o que gastou algum tempo.
A esposa do campeão de dominó entrava no boteco sempre nesse horário, reclamando do almoço que esfriou, reclamando dele sempre ganhar no jogo, reclamado dele não aparecer mais em casa.
Simultaneamente, as crianças jogavam futebol do lado de fora do boteco, no meio da rua. Os pés calejados faziam com que eles se esquecessem dos cacos de vidro da garrafa que foi quebrada na noite anterior, numa briga pela tal morena que passava na calçada e na mente dos apreciadores do álcool.
A polícia local não tinha do que reclamar.
O boteco pacato era rotina, e só de lembrar dessa passagem na minha história, me vem aquelas palavras conclusivas de cidade pequena, de quem se põe em mesa de boteco a pensar:
Pois é.
A morena bonita que desfilava na calçada passou, e foi quando Zé se desconcentrou que a pinga pingou em cima das peças, fazendo o coral de jogadores boêmios fazer algum grunhido emborrecido. Tiveram que enxugá-las, o que gastou algum tempo.
A esposa do campeão de dominó entrava no boteco sempre nesse horário, reclamando do almoço que esfriou, reclamando dele sempre ganhar no jogo, reclamado dele não aparecer mais em casa.
Simultaneamente, as crianças jogavam futebol do lado de fora do boteco, no meio da rua. Os pés calejados faziam com que eles se esquecessem dos cacos de vidro da garrafa que foi quebrada na noite anterior, numa briga pela tal morena que passava na calçada e na mente dos apreciadores do álcool.
A polícia local não tinha do que reclamar.
O boteco pacato era rotina, e só de lembrar dessa passagem na minha história, me vem aquelas palavras conclusivas de cidade pequena, de quem se põe em mesa de boteco a pensar:
Pois é.
2 de janeiro de 2011
barriga
despedaço-me em partidas
descompasso-me em sambas
desacelero-me em passos
e quando esbarro em ti nesses plurais
minhas pernas, estantaneamente
estontaneamente
ficam bambas
outro jogo de palavras que foi escrito de forma trêmula dentro de um ônibus
eu realmente espero que 2011 seja o melhor de todos os anos, para nós.
descompasso-me em sambas
desacelero-me em passos
e quando esbarro em ti nesses plurais
minhas pernas, estantaneamente
estontaneamente
ficam bambas
outro jogo de palavras que foi escrito de forma trêmula dentro de um ônibus
eu realmente espero que 2011 seja o melhor de todos os anos, para nós.