24 de setembro de 2010

Chuva, televisão, política e café

Sempre desconfiei de quem tem 32 dentes e de quem fala demais.
Não todo mundo que fala demais, porque a maioria das vezes eu não escuto. Mas essas pessoas que falam demais estão presentes em tudo quanto é horário de alimentação.
"Cento e vinte e um dia sem chuva", disse o repórter. Sempre falando demais, e o pior: falando demais na hora errada. Estava passando o café, eram 06hrs da manhã ainda. Não precisava saber de mais um. Começar o jornal assim é a mesma coisa que começar o dia assim.
Se fosse ditadora, governadora, deputada, ministra, ou até presidente, faria uma lei (ou uma ordem) onde estaria escrito em letras garrafais:

É estreitamente proibido iniciar os jornais televisivos com uma notícia ruim, seja qual for o horário deste.
Faria (sem dúvidas) um Brasil mais feliz.
Mas, oras, jornalistas falam demais. E não importa se aquela seja a profissão dele: ele escolheu! São pessoas sérias, tagarelas, cheias de informação, com tudo gravado e quase nenhum neurônio. Generalizei, claro. Mas generalizei como eles fazem conosco; com o nosso café-da-manhã.
Não sei o que é chuva faz cento e vinte e um dias. E isso está começando a doer um pouco. Minha pele ressecou, tenho que beber o triplo de água que bebia, e tudo o que eu faço é ligar a tv, confiar no que os jornalistas dizem, e esperar que sete dias passem.
Sete perto de cento e vinte e um é pouca coisa.
Dizem eles.

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Ahá.