21 de agosto de 2010

Sábado

Mistérios.
O mundo, cheio deles.
Alguns, uns meros cientistas acharam cabível, apropriado, ou apenas bonitinho, de chamar de "mistérios da humanidade", como algo que nunca foi desvendado, mesmo sendo um mistério que pode ser desvendado. E as pessoas esquecem isso.
Vai ver, alguém descobriu. Mas assim como as pessoas se esquecem de procurar a resposta, o ser que descobriu esqueceu de expor a resposta.
Ou talvez, ele queira guardar essa resposta só para ele.
Uma perda de chance de ficar rico, convenhamos.
Uma perda de chance de ficar neurótico, venhamos.

Não acho cabível, apropriado, ou apenas bonitinho chamar esse tipo de mistério de "mistério da humanidade".
Se a humanidade existe, é pela responsabilidade de algum Deus ou Ser Maior que criou isso tudo. Ou de uma simples explosão no universo, que foi ridicularizada quando deram-na o nome de uma onomatopéia. Mas isso não convém.
Esse tipo de mistério, seria mais um mistério que a humanidade quer saber, e não um "mistério da humanidade", a humanidade não se preocupa com Atlântida, A Ilha de Páscoa, ou Jesus numa torrada.
Podem marcar (Atlântida marcou alguns anos da minah vida), mas o nascimento do seu filho, ou você passar no vestibular marca mais.

O que eu posso, e acho até bonitinho chamar de Mistério da Humanidade, é saber o que aquele saxofonista cego que toca num buteco sábado às 22hrs tem mesmo uma visão dele tocando num buteco sábado às 22hrs da noite.
Isso ocupa mais a minha mente do que um reino submarino perdido.

Deveria ocupar mais a mente dos que destroem mares procurando algo que já não faz mais nada além de livros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ahá.