7 de dezembro de 2009

Viva la revolucion. Ou não.

Encostei no canto atrás da porta. Não esperei. Não contei as horas. Mas creio que deve ter levado umas 4 horas para sentirem minha falta.
Durante 4 frias horas de uma noite de dezembro, eu fiquei, imóvel, no canto da sala, atrás da porta. Me veio na cabeça todas as músicas do Caetano, todos aqueles que já quis, e tudo aquilo que eu não queria ter. Que eu não queria ser.
Me veio várias revoluções, vários iluministas, e vários déspostas. E, por fim, quando me dei conta, estava pensando até nos historiadores.
As grandes revoluções começaram por causa de uma opinião (ou várias) que discorda da idéia central. Bem, eu tenho essa opinião.
Mas não expresso.
Depois, eles organizam como vão fazer essa revolução. Pode demorar anos.
Mas há anos eu não me expresso. Não como deveria ser.
E, depois, quando eles conseguem, o orgulho faz com que eles vivam felizes com a idéia que deu certo.
Talvez seja por isso que o meu orgulho não faz com que eu viva feliz.

Eu só queria ter um pouco mais de determinação, persistência e raiva pra poder fazer a minha revolução.
Eu só queria ter um pouco mais de paciência pra parar de "me abraçar" no canto da sala tentando consolar as minhas prórias dores.
Eu só queria ser um pouco mais de revolucionário, e não de historiador, entende?
Eu só queria ser um pouco mais de.

Um comentário:

Noah Wahr disse...

Poxa, ou esse desejo é muito universal, ou pensamos muito igual. Adoro seus textos! =)
Beijo :*

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Ahá.