29 de dezembro de 2009

O restante

O mundo tá cheio de gente. Algumas dessas pessoas são minhas amigas. E algumas dessas pessoas são minha família. E todas essas pessoas, sou eu.
Grande parte dessas pessoas gosta de Beatles. Outras, não gostam. E o resto, como eu, é indiferente.
Resto.
Essa "democracia" que a gente vive, sempre esquece da minoria. E a minoria deixa de ter opinião, e vira resto. Não que a maioria seja arrogante ao ponto de pisar em cima do resto (bom, pelo menos vamos dizer que não), mas é que a minoria sempre vai ser o resto.
E algumas pessoas ficam felizes em serem o resto.
Aquele grupo de amigos do canto do bar. Só eles sabem o resto da música. E se orgulham disso.
Aquelas meninas sentadas no banco. Só elas sabem o resto da fofoca. E se orgulham disso.
Aquele rapaz andando vagarosamente. Só ele sabe o resto do pensamento. E se orgulha disso.
E com esse orgulho, as pessoas são capazes de fazerem chantagens pro resto da vida.
Talvez, o sentido da vida seja esquecer o resto da vida que te resta.
E usar o restante do amor que há em ti.

- Eu sei que o layout tá uma porcaria, mas depois eu mudo, não me encham por causa disso. (Né, Mauro?)

22 de dezembro de 2009

Para Maria

Talvez o cara perfeito não seja o que você espera.
Talvez, ele nem seja quem você espera.
Acho que a perfeição do cara é descobrir que você quer ele pro resto da sua vida.

14 de dezembro de 2009

dont forget that

Quando você perde dinheiro, você perde tempo.
Quando você perde tempo, você perde oportunidades.
Quando você perde oportunidades, você perde possíveis chances de ganhar.
Quando você perde essas chances, você perde lembranças.
Quando você perde lembranças, você perde sorrisos.
E quando você perde sorrisos, você perde pessoas.

7 de dezembro de 2009

Viva la revolucion. Ou não.

Encostei no canto atrás da porta. Não esperei. Não contei as horas. Mas creio que deve ter levado umas 4 horas para sentirem minha falta.
Durante 4 frias horas de uma noite de dezembro, eu fiquei, imóvel, no canto da sala, atrás da porta. Me veio na cabeça todas as músicas do Caetano, todos aqueles que já quis, e tudo aquilo que eu não queria ter. Que eu não queria ser.
Me veio várias revoluções, vários iluministas, e vários déspostas. E, por fim, quando me dei conta, estava pensando até nos historiadores.
As grandes revoluções começaram por causa de uma opinião (ou várias) que discorda da idéia central. Bem, eu tenho essa opinião.
Mas não expresso.
Depois, eles organizam como vão fazer essa revolução. Pode demorar anos.
Mas há anos eu não me expresso. Não como deveria ser.
E, depois, quando eles conseguem, o orgulho faz com que eles vivam felizes com a idéia que deu certo.
Talvez seja por isso que o meu orgulho não faz com que eu viva feliz.

Eu só queria ter um pouco mais de determinação, persistência e raiva pra poder fazer a minha revolução.
Eu só queria ter um pouco mais de paciência pra parar de "me abraçar" no canto da sala tentando consolar as minhas prórias dores.
Eu só queria ser um pouco mais de revolucionário, e não de historiador, entende?
Eu só queria ser um pouco mais de.