Odeio telefone. Odeio.
O que eu gosto é da sua voz e da sua respiração abafada por um aparelho barato, por uma operadora barata, por um tímpano esgotado.
O que eu gosto é das palavras que você escolhe sabe-se lá por qual motivo, dos sons que o "aí" faz e que fazem você repetir, e até gritar. Eu gosto de ouvir-te, de ouvir o meio.
E tanto faz o horário que você achar conveniente a ligação, e tanto faz o local que eu achar conveniente atender-te.
Porque telefone eu odeio.
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Ahá.