Vem.
Encosta a cabeça no meu ombro, e derrama todas as lágrimas que você puder. E se você não gostar desse termo - lágrimas - a gente pode dizer que é só um cisco no teu olho.
Mas hoje, esquece.
Esquece o que teu pai te dizia sobre homem não chorar.
Esquece, vem, esquece aquele dia.
Apoia a cabeça no meu ombro, e diz que eu sou tudo que você precisava, que eu sacio a tua carência, que eu sou a tua dependência, afinal, você já teve o que queria.
Cá, deixa eu encostar a cabeça no teu peito e te contar o meu sonho. Mesmo que eu não esteja precisando disso.
Amor, apoio.
Porque o que eu estou precisando mesmo é tirar essa areia do pé, e essa água salgada toda da minha pele.
Aí, quando você terminar, desgruda tua orelha do meu ombro, tua lágrima do meu pescoço, e diz que eu sou infantil.
2 comentários:
No começo eu pensei que fosse Almir Sater, mas depois eu vi que era a Ana Julia. rs
"Aí, quando você terminar, desgruda tua orelha do meu ombro, tua lágrima do meu pescoço, e diz que eu sou infantil."
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Ahá.