4 de dezembro de 2011

Apoiar-se sempre. Acomodar-se nunca.

Visto que naturalmente não gosto das coisas fáceis, tampouco coisas prontas, decidi ser artista.
Foi uma decisão pensada cuja fiz há algum tempo, mas parece que não faz muito sentido para algumas pessoas.
A situação do artista remete à fome.
A situação do advogado remete ao luxo.
A minha situação remete-se ao julgamento injurioso sobre o meu amor à arte.
Então vem me dizer que daria uma ótima advogada pois administro bem os argumentos; que daria uma excelente médica porque sou atenciosa; que seria uma boa engenheira pois tenho perspectiva.
Mas que se eu for artista meu destino é ser bancária. E que se eu persistir no erro, meu destino é a fome.

Não vamos generalizar ou não me exclua da generalização.
É de amor que estamos falando.
Não de dinheiro.
Não me fizeram apaixonada pelas leis, por bisturis ou prédios.
Não me fizeram apaixonada por dinheiro.
Se me mostraram Rembrandt não foi para eu ser uma advogada que entende de arte.
Foi para eu ser como ele.
E assim serei.


Desafio aceito.

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Ahá.