Dispenso saber a sucessão dos fatos, ou o motivo de você estar aqui com cheiro de álcool. Na verdade, eles são óbvios, e saber é inevitável.
Mas eu prefiro imaginar que você esteja aqui por que me achou bonita, e quer me amar. E prefiro imaginar que eu realmente seja bonita, e que meus seios não estejam começando a cair.
Preferir é um privilégio de poucos.
Sou feliz por tê-lo.
Mas eu te perdôo.
Perdôo-te por confundir minhas pernas, meu nome e a data de hoje. Perdôo-te por não dizer palavras sutis como eu gostaria que dissesse. Pois apesar de estarem caindo, ainda tenho seios, sou mulher. Mereço ouvir coisas que me confortam, ainda mais quando posso preferir algo. Conforto-me só. Com a imaginação que eu tenho, e com meu segundo privilégio: o perdão.
Te perdôo pela frieza de teus dedos.
E prometo:
Que daqui a uns dias, paro de fumar. Faz mal pros pulmões, né? Não quero que isso aconteça.
Utilizo meus três privilégios para isso; enquanto não paro, imagino.
Aproveito e de praxe, a gente brinca que eu não vim parar aqui por amor.
Um comentário:
nossa.
só encarnando com mta fé todas as genis do mundo pra tolerar certas coisas... eu já desisti. perdi a paciência ;)
mulher-para. tem gente q prefere assim: sempre com uma finalidade. eu já voei dessa. achei um diamante dentro de mim.
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Ahá.