hoje prestei realmente atenção em stranger, do the doors. e me identifiquei com a frase lá; "people are strange, when you're stranger". afinal, você vê o mundo com os seus olhos.
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mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo. quero sair por aí com a minha gaita e com o meu violão, cantarolando memórias de um passado que não existiu, gritando aos céus a nostalgia de um futuro que passou. mãe, quero sorrir pra senhora que passar ao meu lado com pressa. mãe, quero desejar bom dia ao empresário ocupado com suas coisas inúteis ao meu ponto de vista. mãe, quero conhecer o mundo de um jeito mais... invisível. conhecer o mundo de um jeito transparente; sem preconceitos, medos... conhecer o jetio de um mundo observador. observando cada detalhe, cada nó do problema, cada acorde, cada som... cada jeito.
mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo. quero sair por aí fazendo bicos, caretas, observando os meninos pedalarem na rua, e as meninas tímidas nos bailes da cidade. mãe, quando eu crescer, quero ser um bardo de uma cidade pequena. pra que ao mesmo tempo seja transparente, praque ao mesmo tempo todos me conheçam, e para assim, não me temam. mãe, eu quero ser imparcial. desculpa, não querer causar uma revolução. mas... quero ter mais histórias pra contar, do que parar em um livro de história. quero morrer sabendo a glória que é amar, e não morrer amando a glória. mas fica tranquila, mãe. eu sei que quando eu crescer, eu vou morrer amando glória. como você sempre quis. :)
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ê, essa paixonite adolescente de querer mudar o mundo. utopia, contradição. adolescente não tem medo de sexo, de adrenalina, de se acidentar, de repitir de ano. adolescente só tem medo da solidão. e por isso falam palavrão, e escutam música alta; pra cobrir com uma lona o barraco que eles estão. entenda isso, pai.
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é... desabafei.
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Ahá.